O lince-ibérico
O
seu aspeto geral é semelhante ao de um gato de cauda curta e romba. Grandes
patilhas de extremidade em ponta e orelhas com tufos de pelos negros nas
extremidades. As partes superiores são cinzento-arruivadas, com manchas escuras
sobre o dorso, flanco e membros.
HABITAT E
DISTRIBUIÇÃO
Este lince é uma espécie exclusivamente ibérica que em Portugal
se limita a algumas serras da Beira Baixa (serra da Malcata), Alentejo (região
das Alcáçovas) e Algarve (Serra de Monchique). Abriga-se entre as rochas ou nas
cavidades das árvores em bosques abertos de pinheiros nas montanhas, em matas
densas de silvas, giestas, tojos e estevas ricas em caça menor.
ALIMENTAÇÃO E
HÁBITOS
Sai ao fim da tarde e alimenta-se de coelhos e lebres, crias de gamo
e de veado e aves de solo. Quando caça é paciente, sigiloso e dotado de grande
rapidez de reflexos, o que o habilita a perseguir grande parte de animais da
fauna mediterrânica. Nessa atividade eminentemente noturna, é de particular
importância a sua audição apurada e uma visão capaz de discernir no escuro o
mais pequeno movimento – de onde vem exatamente a expressão “olho de lince”.
REPRODUÇÃO
Acasala entre fevereiro e março; a gestação é de 63 a
74 dias, nascendo entre duas a quatro crias numa ninhada por ano.
LONGEVIDADE: 15 anos em liberdade e 17 em cativeiro.
FATORES DE AMEAÇA
Destruição, degradação ou fragmentação de
habitats, perseguição direta pelo homem (tanto por causa da pele, como por
razões de medo ou segurança) e ainda pela escassez da sua principal presa
natural, o coelho bravo.
MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO
O Lince corre risco sério de extinção e
os raros exemplares que restam em Portugal, estão protegidos pela lei em
Portugal e Espanha.
Elaboração: Inês 5.ºD
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